Ligaste-me para o trabalho e perguntaste se poderia sair mais cedo. Querias levar-me até ao Alentejo para assistir à Aurora Bureal.
Quando me ri e te questionei sobre a impossibilidade de assistirmos à Aurora Bureal no Alentejo pediste-me que não intelectualizasse. E que me permitisse ser levada sem apregoar movimentos sufragistas de miúda mimada. Ri-me novamente e, do outro lado da linha, fizeste "o" silêncio que eu reconheço por ser diferente de todos os outros silêncios. O silêncio de quem se ri de esguelha. De quem se ri com os olhos, como só tu o consegues fazer.
Nesse dia eu não consegui sair mais cedo mas tu apanhaste-me à porta do prédio velho da cidade. Não fomos até ao Alentejo mas eu sabia que trazias a Aurora Bureal embrulhada no olhar, pronta para me ofereceres, enfim.
Era um fim de noite de Julho dum dia de semana banal. "O que conta é a intenção". E, intencionalmente, vivi a magia da Aurora Bureal contigo. Para ti.
2 comentários:
Registamos sempre momentos únicos na nossa vida!
Existe. Mais do que uma. Todas as noites. Existe sim.
http://www.photoblog.com/lampadamervelha/2011/06/03/caelum.html
:)
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