Ter arritmia ou uma doença mental é habitar em pleno o nosso corpo. Habitar como partilhar a dor, habitar como sentir a pele rasgada. Imaginas que sais do teu corpo e ficas cá fora, a levitar, sem pistas físicas da tua presença: como será o mundo sem ser visto por dentro da caraça? O mundo por fora de ti com olhos, boca e nariz? Sem sentidos, sem percepção? Um conjunto de riscos encarnados, um ar de textura verde serra e um chão de pó azul?
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2 comentários:
O des|compasso. Determinado e resumido a um número digital. Sentimo-nos tão bem, na pele, e dizem-nos que um dia se nos rebenta uma artéria. Ou cegamos. Ou esquecemos. Ou definhamos. Oh, pior de todos os males (dizem), morremos.
Não tem jeito. Desregulam-se as coisas, até as palavras se enjeitam. Como sou pessoa de repetições, amarfanha-se-me aqui e ali, mas o feitio nem tanto assim. Quando escrevo, fulminante, é graças a um regresso.
E sorridente fico.
Beijo :)
... é não darmos conta desta tristeza!
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