Ela tinha uma bailarina nos olhos. Que dançava, em movimentos sincronizados, circulares, fazendo companhia às outras meninas. As dos olhos.
Os olhos eram cor-de-mel e os movimentos da dança da bailarina eram doces. Pontas, bicos de pés, graciosos rodopios sobre o próprio corpo.
Ela precisava de movimento. Não gostava do sossego, da paz. Precisava do movimento, ainda que fosse discreto, sob a forma da dança da bailarina que morava nos seus olhos.
E a bailarina dançava e dançava sem parar. Rodopiava no ar, entre os castelos que ela construia. Ficava tonta de tanto dançar. Quase que embriagada.
Um dia, a corda da caixa de música acabou. E a bailarina parou. E os seus olhos deixaram de ser o palco da dança fugaz. Os castelos dissiparam-se. A bailarina descalçou as sapatilhas e os olhos deixaram de ser cor-de-mel e doces. Agora, são apenas os olhos dela. Vazios de ballet.
Os olhos eram cor-de-mel e os movimentos da dança da bailarina eram doces. Pontas, bicos de pés, graciosos rodopios sobre o próprio corpo.
Ela precisava de movimento. Não gostava do sossego, da paz. Precisava do movimento, ainda que fosse discreto, sob a forma da dança da bailarina que morava nos seus olhos.
E a bailarina dançava e dançava sem parar. Rodopiava no ar, entre os castelos que ela construia. Ficava tonta de tanto dançar. Quase que embriagada.
Um dia, a corda da caixa de música acabou. E a bailarina parou. E os seus olhos deixaram de ser o palco da dança fugaz. Os castelos dissiparam-se. A bailarina descalçou as sapatilhas e os olhos deixaram de ser cor-de-mel e doces. Agora, são apenas os olhos dela. Vazios de ballet.
2 comentários:
Anúncio: Procura-se quem saiba dar corda à Caixa de Música da bailarina que mora nos olhos cor-de-mel doces.
Cantinho,
Procura-se- Preferencialmente morto.
Xi.
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